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Por
Joel CostaA ES-330 foi uma guitarra que passou por algumas modificações desde o momento em que foi introduzida no catálogo da Gibson. Reunindo características do modelo ES-225, como tailpiece com sistema trapeze e a ponte tune-o-matic, e adoptando a forma da ES-335, a ES-330 apresentava-se em versões de um e dois pickups, com a primeira a ver o pickup instalado no centro, o que constituía um desafio para futuros upgrades.
Com o double-cuttaway a tornar-se mais pontiagudo na recta final de 1962, os anos seguintes viam também o ângulo do headstock a ser reajustado dos 17 graus originais para os 14. Chegado o ano de 1965, todo o hardware, assim como as capas, era cromado. A união da escala ao corpo dava-se no 19º traste já em 1967, um ano antes de tornar-se um padrão na construção de guitarras.
Na década de 1960, a ES-330 foi usada por um par de vultos das seis cordas, nomeadamente Grant Green e BB King, diferenciando-se da ES-335 pela ausência de inlay em forma de coroa no headstock, stop tailpiece ou os potenciómetros que adoptavam o formato de uma tulipa. Nos pickups servia-se dos P-90 e o corpo era hollow, algo que não permitia ao modelo conseguir o sustain e a resistência ao feedback desejados pelos guitarristas de blues e rock, uma característica que partilhava com a Epiphone Casino, um modelo muito próximo ao ES-330 e famoso por representar os Beatles. O modelo da Gibson viria a desaparecer na década seguinte, vendo a sua popularidade rejuvenescida quando, já no final dos anos 80, guitarristas como Johnny Marr e William Reid dão-lhe uma nova vida. Em anos mais recentes, voltou a gozar de tempo de antena ao serviço de Barrie Cadogan e dos seus Little Barrie.
A ES-330 da era apontada revelava Saddles de nylon em vez de metal, e os tampos das Gibson com corpo hollow têm fama de comprimir, levando a que o ângulo do braço fugisse um pouco do seu lugar. Os modelos com Bigsby e Saddles em bronze transmitiam uma sonoridade mais brilhante e afiada, enquanto que as versões de 1964 e 1969 adoptam uma postura mais calma e suave, características que mostram a sua evidência quando amplificadas, particularmente com uma configuração clean. As diferenças tornam-se bem menos perceptíveis quando aplicado o overdrive ou o fuzz, sendo possível afirmar que os Saddles são um factor crucial neste modelo.
Já mesmo no final da década de 1960, o comprimento do pickup assemelhava-se mais aos modelos de 1962 do que aqueles surgidos em 1964, que eram um pouco menos amplos. A guitarra registava também uma alteração frequente, ao ver aplicada uma anilha de 2,5 mm para corrigir o desequilíbrio entre os dois pickups. Algo que também desencorajava os guitarristas a apostar na Gibson era a largura do nut. O modelo de 1969 da ES-330 surgiu com um melhoramento no acesso aos trastes superiores, proporcionando desta forma um melhor rendimento. O braço era também mais estreito, algo que não constituiu problema, e a variedade do tone é um ponto a favor da ES-330, conferindo a este modelo uma personalidade suave e um perfil que vai encontrando o seu espaço numa era moderna em que não faltam opções.
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