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Joel CostaOs Enchantya, banda portuguesa de metal melódico, estão prestes a lançar o seu terceiro álbum de estúdio, Cerberus, no dia 28 de abril de 2023, através da Inverse Records. Fernando Campos, guitarrista da banda liderada por Rute Fevereiro, falou recentemente com a Guitarrista sobre o processo criativo por detrás do novo single Collective Souls e das suas escolhas no domínio do equipamento musical.
«Optei por esta guitarra muito pouco tempo depois de entrar em Enchantya. Trata-se de uma Monarkh, que é basicamente o corpo Les Paul numa Jackson que me ofereceu um bom conforto e acesso aos últimos trastes, sendo que posso solar com mais precisão. Esteticamente achei que fazia todo o sentido para o nosso tipo de sonoridade», explicou Fernando sobre a sua guitarra principal.
Sobre os pickups, o músico explica que «Os pickups de origem da Seymour Duncan conseguiram definir muito bem o som nos médios, e o facto de se tratarem de pickups ativos acabou por dar mais ataque na parte rítmica». Fernando Campos prossegue: «Na questão da execução, o acesso fácil ao potenciómetro e ao switch permitiu que eu pudesse timbrar a própria guitarra, nos casos em que a música pede momentos mais calmos, mas ainda assim com alguma distorção, sem ter que recorrer à alteração de módulos, como por exemplo numa pedaleira. Devo também dizer que ajudou-me bastante na composição do solo para o tema All Down In Flames – também de Cerberus – em que utilizo a técnica de pickup switching de uma forma mais frenética do que o normal, só para dar um efeito de killswitch.»
Em relação ao desenvolvimento do timbre, Fernando Campos enunciou o equipamento que o assiste nesta importante missão: «Em termos de amplificação estou com transístores do modelo MG100HCFX, da Marshall, com a coluna 4×12 MG412ACF, em conjunto com a minha POD GO da Line 6, onde vou buscar o overdrive da ANGL (Meteor) como poweramp. Ao vivo costumo utilizar phaser ou flanger para algumas passagens, e wah wah em certas secções da música – tudo isto retirado da própria pedaleira. No que diz respeito ao timbre, quando estou a tocar sozinho posso dizer que o bass está um pouco mais acentuado, juntamente com o treble, pois dá-me mais definição nos acordes e um som um pouco mais robusto. Quando estou a tocar com a banda, o gain não varia – 7.5 por norma -, e costumo ‘destemperar’ substancialmente o bass e um pouco do treble, puxando mais para os médios, até sentir que o som está perceptível e harmonioso com o resto da banda.»
Quando questionado sobre o processo criativo por detrás de Collective Souls e do álbum Cerberus, Fernando afirmou que a banda já tinha «uma ideia pré-concebida de que emoções queríamos transmitir e, neste tema em particular, era necessário algo que demonstrasse energia com um pouco de revolta e esperança. Foi isso que deu origem à escolha de riffs mais thrash, mas também com um traço muito melódico e bluesy. A gravação passou pelo Cubase Portable com utilização de VSTs do POD Farm com interface UX2 da Line 6.»
«Trata-se de um tema musical muito direto mas ao mesmo tempo com alguma profundidade», assegura o guitarrista, «e conjugado com a parte lírica percebe-se que há muita reflexão ao procurarmos quem somos e de que fazemos parte de algo maior.»
«Sinto que a minha guitarra e equipamento ajudam-me a alcançar o timbre e estilo que procuro enquanto músico.»
Fernando Campos abordou também a importância da sua guitarra e equipamento na banda: «O meu objetivo é sempre colocar a música em primeiro lugar. Seja para a composição de um solo, seja para a escolha do timbre, tudo é feito tendo em mente o que melhor serve a música e a banda como um todo. E, claro, tendo em conta o meu próprio estilo e abordagem à guitarra. Sinto que a minha guitarra e equipamento ajudam-me a alcançar o timbre e estilo que procuro enquanto músico, e sou grato por ter a oportunidade de tocar com eles.»
Editor da revista Guitarrista, da página Custom Guitar Makers, autor do livro "Kurt Cobain: A História Contada Em Guitarras" e ex-editor da Metal Hammer Portugal. Apaixonado por guitarras e com vasta experiência no mundo da música e relações públicas, tem dedicado a sua carreira a explorar e partilhar histórias e conhecimentos sobre este incrível instrumento.
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